terça-feira, 18 de maio de 2010

Arte Bizantina







História

Por volta de algum tempo atras e com a invasão dos povos bárbaros ao longo do tempo foram ter expediçoes, o imperador Constantino I transfere a capital do império para Bizâncio, antiga cidade grega renomeada mais tarde para Constantinopla. Neste local reúnem-se toda uma série de fatores que impulsionam a ascensão da nova expressão artística.

O movimento vive o seu apogeu no século VI, durante o reinado do Imperador Justiniano I ao qual se sucede um período de crise denominado Iconoclasta e que consiste na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito político entre os imperadores e o clero.

Quando da queda do Império romano do ocidente em 476d.C., e permanece ainda nas regiões onde floresce a ortodoxia grega, estendendo-se à segunda metade do século XV e grande parte do século XVI. Este movimento chega mesmo a atravessar os limites territoriais do império bizantino, incluindo, por exemplo, os países eslavos.

Influências







A localização de Constantinopla permite à arte bizantina a absorção de influências vindas de Roma, da Grécia e do Oriente e a interligação de alguns destes diversos elementos culturais num momento de impulso à formação de um estilo repleto de técnica e cor.

A arte bizantina está intimamente relacionada com a religião, obedecendo a um clero fortalecido que possui, além das suas funções naturais, as funções de organizar também as artes, e que consequentemente relega os artistas ao papel de meros executores.

Também o imperador, assente num regime teocrático, possui poderes administrativos e espirituais. Sendo o representante de Deus na Terra, é convencionalmente representado com uma auréola sobre a cabeça e não é raro encontrar um mosaico onde esteja representado com a esposa ao lado da Virgem Maria e o Menino Jesus.

Expressões







Pintura
Ver artigos principais: Pintura bizantina e Ícone.
No século V, em Bizâncio, emergiu um novo império cristão que duraria mil anos, criando uma nova forma de arte, nascida do Cristianismo. Em Roma, nas antigas catacumbas cristãs, há uma série de murais que datam das perseguições aos cristãos nos séculos III e IV. São os primeiros exemplos de pintura no Período Bizantino.

No século IV, o imperador Constantino reconheceu o culto livre aos cristãos do Império Romano. A arte cristã primitivia evoluiu então para a arte bizantina. O mosaico foi a característica principal do período e suas características de criação influenciaram mais tarde a arte gótica. Os ícones também marcaram esta primeira etapa da arte bizantina.

Nos séculos VIII e IX, o mundo bizantino foi dilacerado pela questão iconoclasta, uma controvérsia sobre o uso de pinturas ou entalhes na vida religiosa. Toda representação humana que fosse realista poderia ser considerada uma violação ao mandamento de não adorar imagens esculpidas. O imperador Leão III proibiu qualquer imagem em forma humana de Cristo, da Virgem, santos ou anjos. Como resultado, vários artistas bizantinos migraram para o Ocidente. Em 843, a lei foi revogada.

Mosaico
O mosaico é a expressão máxima da arte bizantina e, não se destinando somente a decorar as paredes e abóbadas, serve também de fonte de instrução e guia espiritual aos fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas,e dos vários imperadores. Plasticamente, o mosaico bizantino não se assemelha aos mosaicos romanos; são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem também os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é utilizado em abundância, pela sua associação a um dos maiores bens materiais: o ouro.

Arquitectura
Ver artigo principal: Arquitectura bizantina
A arquitectura teve um lugar de destaque, operando-se nela a importantes inovações. Foi herdeira do arco, da abóbada e da cúpula, mas também, do plano centrado, de forma quadrada ou em cruz grega, com cúpula central e absides laterais.

A expressão artística do período influenciou também a arquitectura das igrejas. Elas eram planeadas sobre uma base circular, octogonal ou quadrada rematada por diversas cúpulas, criando-se edifícios de grandes dimensões, espaçosos e profusamente decorados.

A Catedral de Santa Sofia é um dos grandes triunfos da técnica bizantina. Projectada pelos arquitectos Antêmio de Tralles e Isidoro de Mileto, ela possui uma cúpula de 55 metros apoiada em quatro arcos plenos. Esta técnica permite uma cúpula extremamente elevada a ponto de sugerir, por associação à abóbada celeste, sentimentos de universalidade e poder absoluto. Apresenta pinturas nas paredes, colunas com capitel ricamente decorado com mosaicos e chão de mármore polido.

Escultura
Este gosto pela decoração, aliado à aversão do cristianismo pela representação escultórica de imagens (por lembrar o paganismo romano), faz diminuir o gosto pela forma e consequentemente o destaque da escultura durante este período. Os poucos exemplos que se encontram são baixos-relevos inseridos na decoração dos monumentos

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Literatura e Filosofia Romana

Filosofia


Na filosofia, os romanos não produziram nenhuma corrente de pensamento original. Sua principal orientação voltou-se para a moral, com a adoção de valores éticos gregos e da filosofia helenística. Enquanto o povo romano se apegava aos mistérios da religião e à adoção de deuses estrangeiros, os homens cultos inclinaram-se para a filosofia.
Influenciada pelo estoicismo e pelo epicurismo, a filosofia romana não preponderou tanto quanto a grega que foi, sem sombra de dúvida, a grande inspiradora do pensamento ocidental.
É um conjunto de escolas e seitas filosóficas no período de transição do paganismo ao cristianismo. Seu elemento é a "Koiné" que realiza o sincretismo grego – romano – judaico – oriental. Destacamos:
O estoicismo – ascese cívica e política O epicurismo - a busca da ataraxia e da aponia. O prazer é o fim da vida

Filósofos de destaque

Dentre os principais filósofos destacam-se:

Sêneca (4 a 65 d.C) - natural de Córdoba, na Espanha, escreveu Cartas a Lucílio e traduziu Medéia. Foi professor de Nero que exigiu, posteriormente, que se suicidasse.

Epiteto - era escravo liberto e suas idéias foram depois condensadas no Manual de Epiteto.

Marco Aurélio - o grande imperador romano, que viveu e governou entre 161 e 180 d.C., escreveu Pensamentos, destacando-se assim no campo da filosofia.

A partir deles, a filosofia teve poder em Roma.
Roma apenas modificou a filosofia já existente na Grécia, adotando-a e, em seu ponto de vista, melhorando-a.

Literatura

Em muitos aspectos, os escritores da República Romana e do Império Romano quiseram evitar a inovação a favor de imitar aos grandes autores gregos. A Eneida de Virgílio é um exemplo da época. Plauto, dramaturgo cômico, seguiu os passos de Aristófanes; na obra Metamorfoses, de Ovídio, ele retratou o mundo segundo o ponto de vista da mitologia greco-romana.
Uma das poucas criações literárias romanas foi a sátira. Horácio foi o primeiro a usá-la como ferramenta argumental.

Arte Romana











A arte romana desenvolve-se durante os quase seis séculos que vão da terceira Guerra Púnica (146 A.C.) ao séc. IV D.C., quando perde a originalidade e se dissolve na cristã-primitiva, e na bizantina. Para sua formação contribuíram elementos gregos e etruscos – principalmente gregos, o que se explica pela conquista de toda a Itália, então sede de inúmeras colônias gregas, pelas legiões romanas (séc. III A.C.). Os romanos, contudo, souberam adaptar tais elementos a seu gosto nacional, e forjaram um estilo que, muito embora derivado, não deixa de ser inconfundivelmente romano. É que subsistiram, em Roma, duas artes, uma de cunho oficial e nitidamente grega, outra de natureza popular, bárbara. A vitalidade dessa arte bárbara, em que predominam elementos etruscos, aproxima-a de certas manifestações artísticas modernas, de que são como que prenúncio. Herdeiros e continuadores da cultura grega, os romanos praticamente nada inovaram em matéria de arte. Mas sua contribuição original dá-se, no campo da arquitetura, na valorização do espaço interno – até então totalmente negligenciado, e na compreensão da dupla importância, estética e estrutural, de elementos como o arco e a abóbada. Por sua forte dose de utilitarismo, a arquitetura romana aproxima-se da moderna mais do que qualquer outra antiga. Além do mais, foram os romanos grandes engenheiros e resolveram certos problemas de engenharia de pontes e aquedutos por métodos ainda hoje úteis. EsculturaA escultura romana começa pelo retrato, que em suma se baseia no culto dos antepassados: o rosto do morto é reproduzido num material perdurável, e assim preservado. A semelhança era, por conseguinte, condição primordial dessa escultura, e para consegui-la não raro os artistas sublinhavam os traços mais típicos de um rosto, como o de Augusto de Primaporta, executado a maneira grega de Policleto por volta do nascimento de Cristo. Mais puramente romanos são os relevos do Altar da Paz. Sob os flavianos, Vespasiano, Tito e Domiciano, desenvolve-se o estilo a que se chamou de flaviano. A escultura de retratos atinge então o naturalismo, com prejuízo da emoção. Em estilo popular estão vazadas as inúmeras cenas da vida do imperador, nas colunas de Trajano (114 D.C.). O gosto romântico de Adriano irá produzir, pouco após, uma profusão de estátuas como a de Antínous, em que o estilo grego encontra sua última expressão, segundo a fórmula, ainda, de Praxíteles. No século II D.C., o retrato esculpido possui maior grau de emoção. O de Caracala (211 D.C.) é um impressionante retrato de temperamento e caráter. Em princípios do séc. IV, afinal. De novo atinge a escultura elevado nível: a estátua colossal de Constantino, o Grande, já não é um retrato individual, porém ideal. PinturaA pintura romana é de origem grega oriental. Quatro estilos podem ser distinguidos: o primeiro (séc. I A.C.), conhecido pelos afrescos de Pompéia, busca dar a ilusão do espaço. No segundo (séc. I A.C.) a ênfase é posta na resolução do espaço interno: o mural, imitando a arquitetura, entremostra uma tímida paisagem que se perde de vista e faz esquecer a existência de muros. Exemplo dessa pintura que busca ampliar o espaço é o “Casamento Aldobrandini”, aliás, cópia de um original grego do séc. IV A.C. O terceiro estilo floresce em tempos de Augusto: os temas favoritos são cenas mitológicas e paisagens ideais. O quarto e último é o flaviano, que toma elementos do segundo e do terceiro e com eles plasma uma decoração que quase se poderia chamar barroca. Referência especial deve ser feita aos retratos de fayum (sac. I a III D.C.), entre os quais se acham alguns dos mais belos exemplares da pintura romana, no gênero. Artes Aplicadas. Compreendiam sobretudo mosaicos (de Alexandre, em Pompéia, 50 ªC.), utensílios em bronze, prata e esmalte, cerâmica (terra sigillata), etc.